O phunyu é, geralmente, preparado a partir de três tipos de folhas principais: folhas de aboboreira, batata doce e mandioqueira. A muthiikila funciona como catalisador (acelera o cozimento das verduras) e  deve ser usada em menor quantidade. Uma a duas colheres de sopa desta é suficiente para uma quantidade média de qualquer que seja a hortaliça ou verdura.

Um dos tipos de phunyu mais predominantes nos bairros da Cidade de Nampula é o de minuku (folhas de abóbora), misturadas com quiabo. Na sua confecção, usam-se ingredientes como quiabo, tomate e caldo. A cozedura é muito rápida e fácil, levando menos de 15 minutos. Cozidas, as folhas apresentam um aspecto bem esverdeado e escorregadio.

“O phunyu é um prato fácil de preparar e muito económico, saboroso e muito simples. Eu como quase diariamente, não consigo ficar uma semana sem comer”, disse Ivete, uma jovem de 25 anos de idade residente na cidade de Nampula.

Segundo dona Margarida, de 60 anos e moradora do bairro de Mutauanha, o prato, quando traz quiabo na sua composição, se torna preferência das mulheres grávidas, pois presume-se que o quiabo facilita no processo de parto. “Phunyu é aconselhável às mulheres grávidas porque ajuda a empurrar o bebé. É um prato antigo e faz parte da nossa tradição, muitos aqui em Nampula gostam de phunyu”, contou a entrevistada.

Phunyu é, simplesmente, um dos pratos mais consumidos na cidade de Nampula, sendo acompanhado com karakata (massa de farinha de mandioca) ou xima de celeste (massa de farinha de milho).

Vale, porém, informar que phunyu é, também, designação do caril específico de folhas de quiabeiro em algumas partes da província de Nampula.

Escrito por Jéssica Aiuba para Tsevele