No distrito de Muecate, no Posto Administrativo de Imala, província de Nampula, existe um centro de adoração colectiva dos antepassados, designado WAPUIYAMUENE. Este é um lugar muito concorrido pelos nativos, não só, mas também por pessoas de outras regiões, que vão apreciar o local devido a sua história e apelar para sorte na sua vida.
Pfundla ou NwaPfundla (em língua Citswa), ou simplesmente coelho, é tido nos contos tradicionais Africanos como o animal mais astuto, o que vem realçado em diversas fábulas. Neste texto, trazemos algumas das mais populares fábulas presentes na tradição oral Moçambicana.
O mbéua é um tipo de rato consumido nas províncias de Sofala e Manica. O Termo mbéua é utilizado para diferenciar o rato do campo (o comestível), do rato “do lixo” ou o rato vulgar predominante nas casas, denominado txírua na língua Cisena (ou Sena) que não é comestível. Para além do nome, a outra distinção entre os ratos comestíveis e não comestíveis é o seu aspecto físico, o txírua é mais volumoso que o rato mbéua, e é um pouco mais castanho.
As pinturas rupestres constituem vestígios da pré-história muito disseminados pela região da África Austral, de maneira geral e de Moçambique, em particular. Elas são um conjunto de manifestações artístico-simbólicas representadas nas paredes e tectos de cavernas, grutas e abrigos rochosos, representando parte integrante do património tangível e intangível das comunidades locais (Macamo & Jopela in Notice, 2015).
Também conhecido como falso-açafrão ou urucu, colorau é um pó obtido através da trituração dos frutos do coloraueiro ou Bixa orellana, uma planta originária da América Tropical e abundante em alguns países Africanos, incluindo Moçambique.
O distrito de Zumbu está localizado na zona Oeste da Província de Tete, confinado a Norte e Oeste com a República da Zâmbia, a Sul com o distrito de Mágoè através do rio Zambeze e a Este com o distrito da Marávia através do rio Uncanha. A extensão da fronteira com a Zâmbia é de 250 Km a partir de Zumbo-Sede até a localidade de Uncanha no distrito da Marávia. Zumbu dista há 520 km da cidade de Tete, a capital provincial. O distrito de Zumbo tem uma superfície de 12.040 km2, de Zumbu sede à Minga e de Cassenga a Mucangadzi. Administrativamente o distrito está dividido em três postos administrativos, nomeadamente: Muze, Zâmbue e Zumbu-Sede. Na sede do distrito existe uma muralha de pedras que recorda o local onde os escravos moçambicanos eram recolhidos e encaminhados aos seus destinos.
No longínquo ano de 1914 chega à zona hoje conhecida por Nacala, num barco à vela, um enviado especial do regime colonial vindo de Portugal, de nome Fernão Veloso, tendo atracado na parte da praia que fica no bairro de Naherenque. Esta história é contada por Mahamudo Quirine, ancião no bairro Mathapue, em Nacala, uma fonte que se prontificou a partilhar o seu rico conhecimento da história desta região.
O Pórtico de deportações de escravos é um monumento histórico relacionado ao comércio de escravos praticado na província de Inhambane entre 1910 e 1922. Segundo conta Luís Chaúque, Chefe do Departamento do Património Cultural da Direcção Provincial da Cultura e Turismo de Inhambane, a busca dos escravos era feita de noite e tinha como recrutadores os régulos e seus indunas. “Os escravos, enquanto aguardavam sua deportação, eram concentrados na sede da Companhia Boror, que ocupava uma das casas da família Teixeira. O navio que os transportava ancorava em Linga-Linga, há poucas milhas de Nyafokweni, outro centro de venda de escravos”, explicou Chaúque.
A província de Tete no centro de Moçambique é tradicionalmente conhecida pela produção da carne de cabrito, como resultado do abundante rebanho que a província detém, sendo uma das maiores reservas de gado caprino ao nível do país.
O N′sope (salto à corda) também conhecido como Nzoope é uma dança tradicional maioritariamente presente na região norte de Moçambique, com destaque para a zona costeira da província de Nampula, concretamente nos distritos de Nacala, Angoche, Ilha de Moçambique, Moma, Mossuril, Mogincual. A mesma existe já há bastante tempo, não se conhecendo período exacto do seu surgimento, mas acredita-se que seja originária da Arábia Saudita e terá chegado a Moçambique com mercadores Árabes.